Minha terra tem palmeiras,
Onde só dá maracujá.
Os cupins que aqui vicejam,
Não se dão com o Tamanduá.
Nosso mé tem mais licores,
Nossos políticos têm mais cores.
Nossas contas têm mais IR,
Nossa BR, mais horrores.
Em cismar, sozinha, à noite
Me perdi do Marquês de Pira Já.
Minha terra tem algibeiras,
Onde se penduram os marajás.
Não permita deos que eu morra,
Inri Cristo Universal Saravá!
Na esquina da Augusta,
Diga ao povo que Fico em Itajubá.
Moro em Jaçanã,
Mas não vou lhe assaltá!
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
sábado, 8 de novembro de 2014
Notícias do Mundo
Uma semana antes do Halloween, o prefeito de uma cidadezinha no sul da França proibiu que os jovens usassem fantasias ou maquiagens de palhaço. Aparentemente, os adolescentes em todo o país adquiriram o hábito de assustarem e até espancarem transeuntes travestidos com a indumentária. Acho que Anthony Burgess teria achado essa notícia muito interessante. Talvez até processem alguns palhaços por incentivar atos de vandalismo. Entretanto, já vejo até a tese da defesa... uma palhaçada francesa.
http://www.bbc.com/news/world-europe-29846291
No interior da Índia ocorreu o casamento de dois macacos. Eram macho e fêmea, se é que isso ainda importa para alguém nos dias de hoje. E nem foi o primeiro. Aparentemente, a moda pode pegar. Houve uma festança depois da celebração. Os noivos estavam, como em um casamento qualquer, algemados.
http://www.bbc.com/news/world-asia-india-29892502
No lugar mais sensacional do mundo, o Japão, mais especificamente na cidade de Nara, uma versão das ideias visionárias de Fellini se concretizou quando dez monges (muito gatos) budistas desfilaram para uma seleta platéia de histéricas fashionistas japonesas, que, depois da emoção, passaram o resto do fim de semana em retiro espiritual em Paris.
http://www.bbc.com/news/blogs-news-from-elsewhere-29885061
Na Nova Zelândia (o lugar com o nome mais sem noção de todos) foram leiloadas duas importantes obras do bookmaker inglês Ken Talbot. Nunca ouviu falar? Ninguém ouviu. Só que Talbot conseguiu a proeza de falsificar as famosas e mundialmente falsificações de Elmyr de Hory, a ponto de quase enganar os especialistas no falsificador. O detalhe que merece menos atenção são as já distantes obras originais, "Em Giverny" e "Na Floresta" ambas de Monet. Os três pintores foram convidados para o evento, mas infelizmente Monet não pode comparecer.
http://www.bbc.com/news/blogs-news-from-elsewhere-29878832
Se é pra casar, que seja na China. Recentemente, onze pessoas foram presas acusadas de desenterrar corpos de mulheres recém sepultadas para realizar o que os chineses chamam de "casamento fantasma". Essa modalidade muito antiga, mas proibida hoje, se resume a desenterrar uma noiva para algum homem que tenha morrido solteiro e voltar a sepultá-la ao lado do marido-cadáver. Isso garante que o bonitão não passe a eternidade na solidão. Como eu disse, se é pra casar, que seja morta.
http://www.bbc.com/news/blogs-news-from-elsewhere-29847477
A profissão do futuro, meu filho, é operador de raio laser. As funções exigem habilidades um lixeiro com PHD em engenharia. Se quiser subir na carreira, uma especialização em astrofísica é altamente importante. Passar o dia jogando video-game, lançando raios laser para limpar a atmosfera terrestre será uma atividade super lucrativa. Pode apostar, pois o que não vai faltar é lixo. Já são 20.000 objetos maiores que uma bola de futebol vagando pela órbita da terra. E qualquer um desses vinte mil pode colidir com um satélite a qualquer minuto e mandar para o beleléu as brilhantes funções do seu smartphone.
http://www.bbc.com/news/world-australia-29847830
E pra fechar com chave de ourina, o Timeco vai abrir cemitério em São Paulo, onde os futuros residentes podem escolher que o local de seus jazigos fiquem próximos dos de seus ídolos. Eu espero que a empresa ofereça a cláusula de cumprimento certo e imediato do contrato.
http://www.bbc.com/news/world-latin-america-29844654
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Dialog(ic)o
L: Quando não vejo, não ouço, não falo. Queria existir apenas, sem necessidade de viver...
R: ...de um pouco mais que nada daquilo que esperava para si. Por isso, resolveu dar a volta...
L: ...atrair o cometa não foi fácil. Mas os campos gravitacionais funcionaram no final. Por pouco salvou-se a humanidade da devastação...
R: ...que se deu no coração da pequena flor que ela cuidava com muito amor...
L: ...mas o Amor não teria maiores responsabilidades. Eros, filho de Afrodite, tomou para si as dores humanas, mas em nada contribuiu para ajudar os homens. Sua cegueira só tornava as coisas mais difíceis...
R: ...mas para uma flor nada é impossível, basta um pouco de água e ar para começar tudo de novo...
L: ...novo é inédito, mas novamente é repetição. Não há nada de novo no novamente. Riu-se das incongruências do português...
R: ...que me falta para continuar a construir estas frases. não tarda e eu acho mais um palavrão. Será mesmo preciso? Quem sabe e vejo uma nova ideia...
L: ...não, não fazia ideia do que seria de sua vida. De nada adiantou o curso de filosofia, mas um aborto era algo muito sério mesmo. Melhor não contar a ninguém...
R: ...depois de comer mais uma cordinha importante, Audrey olhou para mim e falou "ninguém joga do meu jeito"!
(Brincadeirinha a quatro mãos - apesar de usarmos só duas - e duas vendas)
R: ...de um pouco mais que nada daquilo que esperava para si. Por isso, resolveu dar a volta...
L: ...atrair o cometa não foi fácil. Mas os campos gravitacionais funcionaram no final. Por pouco salvou-se a humanidade da devastação...
R: ...que se deu no coração da pequena flor que ela cuidava com muito amor...
L: ...mas o Amor não teria maiores responsabilidades. Eros, filho de Afrodite, tomou para si as dores humanas, mas em nada contribuiu para ajudar os homens. Sua cegueira só tornava as coisas mais difíceis...
R: ...mas para uma flor nada é impossível, basta um pouco de água e ar para começar tudo de novo...
L: ...novo é inédito, mas novamente é repetição. Não há nada de novo no novamente. Riu-se das incongruências do português...
R: ...que me falta para continuar a construir estas frases. não tarda e eu acho mais um palavrão. Será mesmo preciso? Quem sabe e vejo uma nova ideia...
L: ...não, não fazia ideia do que seria de sua vida. De nada adiantou o curso de filosofia, mas um aborto era algo muito sério mesmo. Melhor não contar a ninguém...
R: ...depois de comer mais uma cordinha importante, Audrey olhou para mim e falou "ninguém joga do meu jeito"!
(Brincadeirinha a quatro mãos - apesar de usarmos só duas - e duas vendas)
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